
Imagem: Tetra Tech.
A geotecnia em pilhas de estéril e rejeitos vem passando por uma evolução significativa nos últimos anos, impulsionada tanto pela necessidade de maior segurança das operações minerárias quanto pela pressão regulatória e social após acidentes de grande impacto. Nesse cenário, duas metodologias se destacam como fundamentais para elevar a precisão das análises e o nível de confiabilidade dos projetos: o Stack Break e os métodos de Elementos Finitos.
O que é o Stack Break?
O Stack Break é um estudo de ruptura hipotética que avalia cenários extremos de instabilidade em pilhas de estéril e rejeitos. A técnica permite simular uma possível ruptura e identificar a área potencialmente afetada pelo material deslocado.
Essa análise tem se tornado obrigatória em diversas situações de licenciamento e fiscalização, já que auxilia engenheiros e gestores a compreenderem não apenas se a estrutura é estável, mas também quais seriam os impactos caso a falha ocorra. Dessa forma, o Stack Break se tornou um instrumento essencial de gestão de risco em geotecnia.
A importância dos métodos de Elementos Finitos
Os métodos de Elementos Finitos (FEM) são ferramentas numéricas que permitem analisar o comportamento de uma pilha de forma muito mais detalhada do que os métodos convencionais de equilíbrio limite.
Enquanto os cálculos tradicionais oferecem uma visão estática da estabilidade, o FEM permite considerar condições reais e variáveis, como:
- Heterogeneidade dos materiais de disposição;
- Influência das pressões de poros ao longo do tempo;
- Efeitos dinâmicos, como sismos ou vibrações de equipamentos;
- Respostas não lineares de solos e rejeitos.
Assim, engenheiros podem prever como a pilha vai se comportar ao longo de sua vida útil, inclusive em situações críticas, o que aumenta a confiabilidade do projeto e melhora as decisões operacionais.
Como esses métodos elevam a geotecnia em pilhas
A combinação do Stack Break com os Elementos Finitos representa um salto de qualidade no gerenciamento da segurança de pilhas. Enquanto o primeiro responde à pergunta “quais seriam os impactos de uma ruptura?”, o segundo ajuda a entender “como evitar que a ruptura aconteça”.
Esse duplo olhar fornece uma abordagem integrada que fortalece:
- Planejamento estratégico da disposição de estéril e rejeitos;
- Tomada de decisão sobre projetos e expansões;
- Gestão de risco geotécnico, com foco em prevenção e mitigação.
Além disso, atende a requisitos normativos mais rígidos, como aqueles estabelecidos pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e órgãos ambientais, reforçando a legitimidade e a segurança das operações.
Capacitação para os desafios da geotecnia
Dominar técnicas como Stack Break e Elementos Finitos deixou de ser um diferencial e passou a ser uma exigência para engenheiros e técnicos que atuam com geotecnia aplicada à mineração.
Se você busca se aprofundar nesses métodos e aplicá-los na prática, o Instituto Minere oferece o curso Geotecnia e Disposição, Co-Disposição de Estéril e Rejeitos em Pilhas, que aborda desde os fundamentos da estabilidade até análises avançadas, sempre com enfoque prático e professores especialistas.
