Após tragédias envolvendo barragens, o setor de mineração busca alternativas para a disposição de rejeitos. A construção de barragens de alteamento a montante, um método que se provou de alto risco, foi proibida. A grande aposta atual são as pilhas de rejeito e estéril, que ganham espaço em diversas operações no país. No entanto, enquanto essa transição avança, um fato preocupa especialistas e a sociedade: a ausência de regras federais claras para fiscalizar a segurança dessas estruturas.
A Substituição: De Barragens a Pilhas
A disposição em pilhas, ou co-disposição (mistura de rejeito e estéril), é tecnicamente uma alternativa mais segura para a estabilidade estrutural. As barragens, principalmente as de alteamento a montante, são reservatórios de lama que dependem de um complexo equilíbrio de forças para se manterem em pé. Já as pilhas são, essencialmente, estruturas de solo ou rocha compactadas, projetadas para serem mais robustas.
Apesar da diferença, a segurança de uma pilha não é garantida automaticamente. Ela depende de um projeto geotécnico rigoroso e de um monitoramento contínuo. É aqui que o problema da regulamentação se manifesta: sem uma lei federal que padronize os requisitos de segurança e fiscalização, cada estado age por conta própria. Isso cria um cenário de incerteza, onde a fiscalização pode ser fragmentada e não uniforme em todo o território nacional.
O Risco Geotécnico Sem Padrões Nacionais
A falta de um padrão federal coloca a responsabilidade de fiscalização principalmente nas agências ambientais estaduais, que nem sempre têm o corpo técnico ou os recursos necessários para um monitoramento eficaz. Sem diretrizes claras sobre fatores de segurança, drenagem, sismicidade e compactação, o risco geotécnico permanece.
A estabilidade de uma pilha é um desafio da engenharia. Fatores como a granulometria do material, a pressão da água interna e as cargas dinâmicas (como as vibrações de equipamentos) podem levar a rupturas, deslizamentos e outros incidentes. Um monitoramento robusto e contínuo, baseado em normas rigorosas, é a única forma de garantir a segurança dessas estruturas no longo prazo.
Um Apelo por Conhecimento Técnico
Este cenário complexo e desafiador exige profissionais altamente capacitados. O setor precisa de engenheiros e técnicos com profundo conhecimento em geotecnia para projetar, construir e monitorar essas estruturas com o máximo de rigor técnico e ético. Não se trata apenas de construir uma pilha, mas de garantir que ela seja segura e sustentável ao longo de todo o seu ciclo de vida.
Para preencher essa lacuna de conhecimento e ajudar a construir um futuro mais seguro para a mineração, o Instituto Minere criou o curso Geotecnia e Disposição, Co-Disposição de Estéril e Rejeitos em Pilhas.
O curso oferece as ferramentas necessárias para dominar o projeto, a construção e o monitoramento dessas estruturas. Ele capacita você a tomar decisões baseadas em ciência, garantindo não só a segurança operacional, mas também a integridade ambiental.
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