Introdução ao Carste e à Espeleologia: entendendo um dos ambientes mais fascinantes e frágeis do planeta

Mariana Barbosa Timo

As rochas carbonáticas se destacam entre os mais diversos tipos de rocha existentes na superfície da Terra devido às suas espetaculares paisagens. Nestas paisagens desenvolve-se um tipo especial de relevo denominado “carste”. Este relevo apresenta uma morfologia específica, caracterizada pela presença de feições características como dolinas, afloramentos, vales cegos, surgências e sumidouros, cavernas, lapas e abrigos, entre outras.

O relevo cárstico é associado, principalmente, às rochas carbonáticas, que são rochas cujos minerais predominantes são os carbonatos (dolomita, aragonita e, principalmente, a calcita). A origem destas rochas pode ser sedimentar (Calcários), metamórfica (Mármores) ou ígnea (Carbonatitos).

Afloramento calcário na região de Corumbá, Pains (MG). Foto: Mariana Barbosa Timo, 2007.

As rochas carbonáticas se destacam entre os mais diversos tipos de rocha existentes na superfície da Terra devido às suas espetaculares paisagens. Nestas paisagens desenvolve-se um tipo especial de relevo denominado “carste”. Este relevo apresenta uma morfologia específica, caracterizada pela presença de feições características como dolinas, afloramentos, vales cegos, surgências e sumidouros, cavernas, lapas e abrigos, entre outras.

O relevo cárstico é associado, principalmente, às rochas carbonáticas, que são rochas cujos minerais predominantes são os carbonatos (dolomita, aragonita e, principalmente, a calcita). A origem destas rochas pode ser sedimentar (Calcários), metamórfica (Mármores) ou ígnea (Carbonatitos).

No interior das cavernas podem ser observadas feições que possibilitam o entendimento do processo de formação geológica regional e vestígios arqueológicos e paleontológicos importantes para o entendimento da nossa pré-história. Trata-se de um ambiente frágil de recarga de aquífero que também é comumente utilizado para manifestações culturais e religiosas. Além disso, a biodiversidade deste ecossistema é importante e pouco estudada, principalmente no tocante às espécies troglóbias (específicas do ambiente cavernícola).

Gruta do Janelão, Januária (MG). Foto: Mariana Barbosa Timo, 2012.

As intervenções no Patrimônio Espeleológico afetam significativamente todo o ecossistema subterrâneo. Os principais impactos antrópicos neste ambiente são desencadeados pelas atividades minerárias, ocupação urbana e/ou rural, disposição de resíduos sólidos inadequada, redes de esgoto, cemitérios, postos de combustíveis, abertura de estradas/obras de engenharia, agricultura, pecuária, desmatamento, captação de água sem planejamento, turismo, vandalismo, entre outros. Estas atividades desenvolvidas de forma desorganizada e predatória, sem critérios técnicos adequados e sem planejamento, acabam deflagrando processos que induzem a acidentes geológicos, como subsidências e colapsos de solo e rocha, e a degradação ambiental, podendo inclusive, causar a poluição de aquiferos.

O entendimento da importância deste ambiente durante o processo de licenciamento ambiental é fundamental e pode minimizar consideravelmente os impactos ambientais negativos previstos em cada fase dos empreendimentos sobre o carste e as cavernas. Além disso, permitirá o prognóstico da qualidade ambiental na área de influência direta e indireta do empreendimento, sendo estratégico para a preservação do Patrimônio Espeleológico Brasileiro.

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Autor

Mariana Barbosa Timo

Diretora da Spelayon e professora do curso de Espeleologia no Licenciamento Ambiental

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