Mineração usa técnicas inovadoras para fazer reflorestamento em Porto Trombetas

por Instituto Minere em 31/Jul/2020
Mineração usa técnicas inovadoras para fazer reflorestamento em Porto Trombetas

Do distrito de Porto Trombetas, no município de Oriximiná, Oeste do Pará, vem um bom exemplo de sustentabilidade. Lá, a Mineração Rio do Norte (MRN), maior produtora de bauxita no Brasil. Lá, para proteger a Floresta Nacional de Saracá-Taquera, dos 441.282,63 hectares, a empresa utiliza para sua operação apenas 4,24%, sendo que boa parte desta área já utilizada está em processo de restauração florestal.

Pioneira no desenvolvimento de técnicas de restauração de áreas mineradas no interior de uma Flona, a MRN vem aprimorando metodologias de recuperação, a partir de pesquisas científicas e da própria observação dos técnicos em campo. O trabalho de restauração das áreas é iniciado no momento em que se faz o inventário florestal, documento base para indicação de espécies a serem utilizadas no ambiente após o processo de lavra.

“Existem várias etapas que envolvem a restauração das áreas mineradas, entre elas a coleta de sementes e produção de mudas, manejo da camada superficial do solo (topsoil), reconformação do solo, preparo da área para receber o topsoil e as mudas e seu monitoramento”, explicou Ruberval Vieira Júnior, engenheiro florestal da MRN.

Para o processo de restauração da flora, a empresa realiza a condução de regeneração natural, utilizando o topsoil para a sucessão florestal, pois é onde se encontra o riquíssimo banco de sementes para o recobrimento inicial da área. O material também representa importante fonte de matéria orgânica, sementes, nutrientes, micro e mesofauna associadas ao solo – na mesofauna estão inseridos os animais de tamanho intermediário entre os micro-organismos e os macro-organismos, que desempenham importante papel na ciclagem de nutrientes e no fluxo de energia no solo.

O engenheiro florestal Roberval Júnior acompanha o processo de reflorestamento das áreas

A mineradora também utiliza a técnica do plantio de mudas, com a coleta de sementes e produção de espécies, que são plantadas diretamente nas áreas mineradas, contribuindo para a recuperação do ambiente. A empresa também faz a semeadura direta, utilizando sementes para germinação no terceiro e quinto ano da restauração. Tanto o plantio de mudas quanto a semeadura direta visam o enriquecimento e o adensamento da área, gerando uma maior diversidade no ambiente.

Colhendo os frutos

Somado a esse trabalho de restauração florestal, a empresa faz o monitoramento da flora, acompanha o desenvolvimento das espécies e propõe melhorias para o seu desenvolvimento; o Banco de Germoplasma de Castanheira do Pará, que visa fomentar o cultivo desta espécie protegida por lei, com alto potencial de uso como produto florestal não madeireiro e para recuperação de áreas; e o Plano de Manejo de Combate a Espécies Exóticas Invasoras, com o intuito de conservar, ao máximo, a biodiversidade das espécies nativas na Flona de Saracá-Taquera.

O trabalho de restauração florestal em Porto Trombetas já colhe bons frutos. De acordo com os últimos relatórios de monitoramento de flora da MRN, é possível observar nas áreas de restauração um total de 229 espécies, com altura média de 10,9 metros e diâmetro de 11,7 centímetros, indicando boa taxa de regeneração natural e desenvolvimento da floresta.

A MRN faz a semeadura direta, utilizando sementes para germinação no terceiro e quinto ano da restauração

Por ser uma unidade de conservação classificada na categoria de uso sustentável, a Flona de Saracá-Taquera possui um plano de manejo que define suas zonas potenciais, como exemplo há áreas para produção florestal, proteção, uso público, recuperação e produção mineral, cada uma com regras específicas de utilização.

“Com isso, a atividade mineral contribui com o uso múltiplo da Flona, uma vez que, mesmo tendo como atividade principal a extração de bauxita, ela consegue fomentar o uso racional e a conservação de seus recursos”, pontuou Ruberval Vieira Júnior.

Responsabilidade socioambiental

Marcelo Dultra, gerente de Controle Ambiental e Relações Comunitárias da Mineração Rio do Norte, destaca o relacionamento com comunidades tradicionais que já usufruíam do território independentemente de zoneamento.

“Isso significa que elas não deixam de exercer suas atividades por conta da mineração, e que também têm o desafio diário de conciliar essas atividades de forma harmônica. E para apoiá-las nisso, a MRN desenvolve programas socioambientais resultantes de condicionantes e outros de forma voluntária”, afirmou.

Para o gestor da mineradora, o principal legado a ser deixado pela empresa, está relacionado à formação socioambiental de todos os atores envolvidos no processo e que vivem na região, além da geração e fomento ao conhecimento técnico científico.

“Outro legado que está ligado às atividades da MRN, está relacionado às receitas financeiras geradas a partir da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais - CFEM, Compensação Ambiental, Indenizações Florestais e Acordos para fomentar a Conservação da Biodiversidade na região do Rio Trombetas”, avaliou.

Fonte: G1

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