Governo fará parcerias para ampliar a produção de Urânio no Brasil

por Instituto Minere em 07/Jan/2019
Governo fará parcerias para ampliar a produção de Urânio no Brasil

O novo governo acena à abertura nas áreas de pesquisa e exploração de Urânio – Atividades que, como sabemos, são monopólio da União com a realização de parcerias do setor privado com as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Nesse modelo, a União manteria o monopólio mas ganharia agilidade para multiplicar as áreas de aproveitamento do Urânio, mineral do qual o Brasil tem a sétima maior reserva mundial e que serve como insumo para mais de 11% de toda a energia elétrica consumida no mundo.

O sinal para uma maior flexibilidade da pesquisa e da pesquisa e aproveitamento do Urânio no país partiu do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na semana passada. No discurso de transmissão de cargo, Albuquerque, um especialista no tema nuclear, disse que o novo governo pretende estabelecer um diálogo 'objetivo, desarmado e pragmático, com a sociedade e o mercado. O Brasil não pode se entregar ao preconceito e preconceito e a desinformação, desperdiçando duas vantagens competitivas raras que temos no cenário internacional - o domínio da tecnologia e do ciclo do combustível nuclear e a existência de grandes reservas.'

As bases para a abertura haviam sido lançadas quando foi editado o decreto 9.600, de 5 de dezembro de 2018, consolidando os princípios da Política Nuclear Brasileira. O decreto fala em fomentar pesquisa e a prospecção de minérios nucleares, incentivar a produção nacional para atender a demanda interna e exportações – além de assegurar o recurso geológico estratégico.

As INB detêm o monopólio de pesquisa, produção e beneficiamento, mas desde 2015 a está tudo parado porque a mina a céu aberto de Cachoeira, em Caetité, na Bahia, a única em atividade no país, deixou de ser viável economicamente. A empresa partiu para projeto de lavra subterrânea no mesmo local. Por causa de dificuldades no licenciamento, a INB decidiu investir em outra mina a céu aberto, na jazida do Engenho. Segundo a INB, em 2019 começará a lavrar.

De 2000 a 2015, a produção de concentrado de Uranio das INB (3,76 milhões de quilos) atendeu às necessidades de fornecimento de para as usinas nucleares Angra 1 e 2. Mas desde 2015 o Brasil importa.

Mesmo com a produção anual estimada de 270 toneladas de concentrado, a partir da lavra da Mina do Engenho, a INB não conseguirá suprir a demanda total das usinas, mas gerará uma economia com a com a importação da ordem de R$ 50 milhões.

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