
Muitas pessoas estão postando que há um laudo do Ministério Público de 2013 que questiona estabilidade da Barragem do Fundão. Impressionante como as pessoas nem sequer tem a preocupação de checar a veracidade daquilo que publicam.
O laudo, em nenhum momento, trata da barragem! Ele trata da Pilha de Estéril do Fundão e quais seriam as consequências da elevação do nível de água no pé da pilha, como resultado do alteamento da barragem.
E há vários veículos publicando, além dessas, as seguintes baboseiras:
1) A Barragem de Santarém rompeu
A barragem não rompeu. Ela está coberta de lama, mas não rompeu;
2) A lama é tóxica.
Não é. A lama é composta de ferro, sílica, amido gelatinizado com NaOH, amina e, para corrigir o pH, soda (o que não implica dizer que ela não vai detonar a fauna e a flora a jusante, isso é fato);
3) Não há fiscalização sobre as barragens.
Podemos até discutir se a atual fiscalização é eficiente, mas que ela existe, existe. E nesse caso específico, é anual;
4) Não há laudos atestando a estabilidade da barragem.
Quem conhece a legislação sabe que essa barragem tem de ter um laudo assinado por um engenheiro (com ART), sobre a estabilidade anualmente;
5) Todas as emissoras estão mostrando a barragem errada em suas imagens. Mostram Santarém como sendo Fundão.
Por fim, uma opinião: Já imaginou se por conta dos diversos acidentes com avião proibíssemos a aviação? Não temos de impedir barragens, desde que justificáveis do ponto de vista legal, ambiental, ético e de interesse do estado. Temos de aprender com os erros e melhorar nossos projetos. Isso é engenharia e é assim que se avança.
Por Eduardo Marques – Geólogo Phd

Gustavo Cruz
Gustavo é Mercadólogo, tem pós-graduação (MBA) em Comunicação e Marketing. É fundador do Instituto Minere onde é Diretor Executivo e da Mining Marketing, onde é consultor, desenvolvedor de produtos e empreendimentos, modelador de negócios, planejamento de marketing, publicidade, comunicação e cultura digital.
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